sábado, 17 de setembro de 2011

Workshop de Autoestima em Caçador - SC

Workshop de Autoestima em Caçador

Objetivo

Desenvolver Autoestima do indivíduo, procurando resgatar e validar as experiências individuais e o sentimento de competência pessoal.

Funcionamento

O trabalho será desenvolvido em grupo com atividades vivenciais, através de técnicas e dinâmicas específicas para atingir o objetivo principal.

Duração

São três período intensivos com atividades de potencialização de Autoestima e processamento para serem transformados em ferramentas de aplicabilidade na vida pessoal e/ou profissional.

Carga horária

10 horas

A quem se destina

Interessados em potencializar sua Autoestima, independente de formação pessoal ou profissional.

A partir de 15 anos de idade.

Investimento

Inscrição no valor de R$ 150,00 por participante.

Os valores serão pagos no ato da inscrição.

Coordenação

Psicóloga Vera Maria Carvalho - CRP 08/0779 - com experiência de 30 anos no desenvolvimento de pessoas e grupos, especializada em Psicodrama, Psicomotricidade, Terapia Sistêmica e Terapia Comunitária.

Agenda do evento em CAÇADOR - SC

Workshop de Autoestima

28 e 29 de outubro de 2011

Sexta à noite e sábado, manhã e tarde.

Dias e horários

Sexta feira (28/10) - 17h00 às 22h30

Sábado (29/10) - 8h30 às 12h00 e 13h30 às 16h30

Local

Câmara Municipal de Caçador

Rua Fernando Machado, 139 - Centro

Caçador - SC

Informações e inscrições

49 - 8806 1121 (com Cleusa)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Estudantes de Psicologia participaram de Workshop de Autoestima

Estudantes de Psicologia no Workshop de Autoestima
Estudantes de cursos de Psicologia de faculdades de Curitiba participaram, nos dias 12 e 13 de agosto, do Workshop de Autoestima coordenado e desenvolvido especialmente para eles pela psicóloga Vera Carvalho. O Workshop foi realizado na sala de eventos do Edifício BioCentro, em Curitiba.

domingo, 17 de julho de 2011

Estudantes de Psicologia terão Workshop de Autoestima


Já estão abertas as inscrições do Workshop de Autoestima para estudantes de Psicologia que acontecerá nos dias 12 e 13 de agosto de 2011, na Sala de Eventos do Edifício BioCentro, em Curitiba. O Workshop terá a coordenação da psicóloga e professora Vera Carvalho (CRP 08/0779). As inscrições terão um preço especial com taxa de R$ 120,00.
O Workshop será realizado no dia 12, sexta feira, das 19 às 22 horas e no sábado, dia 13 de agosto, em dois períodos - 8h00 às 12h00 e 13h30 às 17h30. Serão 12 horas/aula com certificação.
Vagas limitadas.

Workshop de AUTOESTIMA para mulheres em julho

Atividade no Workshop de Autoestima para mulheres em julho de 2011

A psicóloga Vera Carvalho (CPR 08/779), realizou, nos dias 1 e 2 de julho, na Sala de Eventos do Edifício BioCentro, em Curitiba, o Workshop de AUTOESTIMA para mulheres. O objetivo do Workshop é desenvolver a Autoestima do indivíduo, procurando resgatar e validar as experiências individuais e o sentimento de competência pessoal.
O Workshop teve a duração de 12 horas em três período intensivos com atividades de potencialização de Autoestima e processamento para serem transformados em ferramentas de aplicabilidade na vida pessoal e/ou profissional.
Nos dias 12 e 13 de agosto será realizado um Workshop de AUTOESTIMA para estudantes de Psicologia. As inscrições já estão abertas e a taxa de participação é de R$ 120,00. Vagas limitadas.
Informações e inscrições poderão ser feitas através do e-mail veracarvalho@veracarvalho.com ou pelos fones 9976 5744 ou 3078 8647.

sábado, 18 de junho de 2011

Oficina de autoestima na FAE, em Curitiba

Alunas da FAE na Oficina de Autoestima

Vera Carvalho trabalhou com o tema "fratria"
A psicóloga Vera Maria Carvalho participou, no dia 7 de junho de 2011, da oficina de Autoestima realizada na Semana Acadêmica da FAE em Curitiba, organizada pelo departamento do Curso de Psicologia que teve a participação de alunos de diferentes  períodos do curso de psicologia.

A oficina contemplou o tema da fratria (relação entre irmãos) e sua influência no desenvolvimento pessoal.

Workshop de Autoestima para estudantes de Psicologia

Nos dias 12 e 13 de agosto - sexta feira à noite e sábado de manhã e tarde - será realizado Workshop de Autoestima para estudantes de Psicologia.


Os participantes receberão certificados.



domingo, 29 de maio de 2011

Um workshop de Autoestima para mulheres em julho


Será realizado nos dias 1 e 2 de julho próximo, um Workshop de Autoestima para mulheres. O evento vai acontecer no piso CS do edifício Biocentro, na rua Padre Anchieta, 1846, no Bigorrilho, em Curitiba. A coordenação será da psicóloga Vera Carvalho. 

Informações e inscrições pelo e-mail veracarvalho@veracarvalho.com ou pelos fones 41 9976 5744 ou 3078 8647. 

Mais informações veja no link, aqui. 

A influência da autoestima no desenvolvimento do professor

O que o professor tem que fazer para reconhecer seus limites?
         Na concepção de Dorothy Briggs “Auto-estima é a maneira pela qual uma pessoa se sente em relação a si mesma. É o juízo que faz de si mesma, o quanto gosta de sua própria pessoa”. Independentemente das características, homens e mulheres experimentam durante a vida situações de valorização ou desvalorização em diferentes áreas. O resultado bem sucedido ou não, colabora para o desenvolvimento da estima destes indivíduos.
A auto-estima decorre, portanto de diferentes posturas pessoais, de fatores de personalidade, geneticamente determinados, da história de vida pessoal, de estilos e modelos culturais e educacionais adotados pelos indivíduos.
Daniel Goleman, em seu livro Inteligência Emocional, afirma que “... desde o nascimento a criança é calma e plácida, ou obstinada e difícil. A questão é se determinado conjunto emocional pode ser mudado pela experiência. Nossa biologia fixa nosso destino ou pode, mesmo uma criança inatamente tímida, tornar-se um adulto confiante?”.
Muitos conceitos se associam ao de Auto-estima como autoconfiança, auto-respeito, autoconsciência, assertividade. Estes conceitos são convencionados como características de pessoas com auto-estima adequada, enquanto as pessoas com auto-estima rebaixada são percebidas por se apresentarem com desânimo, pouca assertividade, passividade e desmotivação pela vida.
As aprendizagens por diferentes eventos, definem registros emocionais exercendo influências no temperamento de vida pessoal. A história de vida marcada por eventos negativos leva a pessoa a não acreditar em si e nos outros ao seu redor.
A forma como os pais, professores, cuidadores e educadores tratam a criança principalmente na primeira infância, pode contribuir para que o modelo de estima se reproduza no decorrer da vida, influenciando na consolidação dos traços de personalidade. O ambiente e o contexto em que os indivíduos se desenvolvem e formam o padrão de vida social, cultural educacional vão ser determinantes na qualidade dos relacionamentos nas diferentes esferas de ação e convívio.
Um aspecto fundamental no desenvolvimento da estima é que ela passa pela rede relacional familiar e da rede social, ou seja, a consciência que se tem de si nasce de uma relação de comunicação com o outro.
Surgem assim dois questionamentos que fundamentam a estima das pessoas: “Se sou confirmado, amado, protegido, tenho boa estima” e “Se sou rejeitado, desqualificado, humilhado, hostilizado tenho baixa auto-estima”.
A condição contextual, ambiental colabora para a existência ou não de violência, desrespeito, assédio moral, exclusão social, preconceitos e outros.
Diante da realidade dos diferentes contextos, depara-se com desafios a serem trabalhados, para intervir no processo de desenvolvimento de auto-estima, considerando a cultura, as competências e habilidades pessoais e fazer as pessoas descobrirem o auto-cuidado como também o auto-gerenciamento da vida.
No contexto da educação, a influência é marcante, especialmente nas situações de dificuldades em que os indivíduos são expostos na suas fragilidades, medos e ansiedades.
Os professores menos preparados e com certa fragilidade na estrutura emocional, se utilizam de modelos disciplinares ameaçadores e opressores para impor a liderança, percebendo apenas um aspecto do problemas,  especialmente nos casos de limites inconsistentes e desrespeito as regras.
Professores e pais com baixa estima podem adotar posturas inadequadas e posturas punitivas e defensivas, gerando desmotivação.
Tanto para os pais quanto para os professores inspirar auto-estima adequada decorre de atitudes e posturas que valorizem as potencialidades e qualifiquem as competências do indivíduo.
Pais, professores, médicos, terapeutas, são pessoas também sujeitos a sofrerem os desafios do cotidiano como os demais seres humanos.
O que se pode fazer quando se defronta com a baixa estima especialmente na escola?
Professores ou profissionais das áreas de saúde e educação que tendem a lidar com a estima de forma inadequada, precisam tomar consciência reconhecendo atitudes e comportamentos inadequados em si em relações aos seus alunos e pessoas do seu convívio.
Para que o professor tenha a condição de reconhecer seus limites e suas potencialidades, desenvolvendo competências adequadas, a escola poderá promover o desenvolvimento de atividades e ambiente de trabalho estimulando a auto-estima, reconhecendo que cada indivíduo pode trazer marcas de sua história de vida que não favorecem a estima positiva.
Porém a maior parte deste processo de desenvolvimento está na responsabilidade de cada indivíduo, procurando buscar posturas, atitudes e comportamentos que colaborem para relações adequadas e mais felizes.
Leituras, grupos de desenvolvimento de auto-estima, oficinas, seminários, cursos curtos ajudam a consciência pessoal e podem conduzir a mudança da postura pessoal, a começar por si. A clareza das conseqüências de posturas que precisam de ajuda no desafio de lidar com as próprias dificuldades sem fazer do aluno, ou do filho o “depositário” as conseqüências de seus problemas, requer esforço pessoal e exercício emocional com ajuda e apoio no desenvolvimento da inteligência emocional.
É necessário que a escola adote métodos que contribuam para o desenvolvimento e o entendimento das dinâmicas comunicacionais dos professores, alunos e pais.
É essencial promover o reconhecimento dos pontos fracos de forma respeitosa e estimular as potencialidades e qualidades.
O professor precisa de apoio constante para o seu desenvolvimento pessoal, além de metodologia de ensino e segurança nos conteúdos que ensina.
É necessário que seja agente de transformação e promova mudanças positivas com autoconsciência de modo a ser modelo de vida consciente, ampliando a sua auto-aceitação, assumindo parcela de responsabilidade que lhe cabe nos fatos e relações, levando o aluno a reconhecer a sua parcela de colaboração.
“Compaixão e respeito não implicam falta de firmeza” (Branden)
Os ambientes educacionais que investirem no desenvolvimento da auto-estima poderão obter resultados mais eficazes com  pessoas mais felizes e produções mais úteis para a construção de uma sociedade mais humana.
“Toda reviravolta educacional positiva começa com a auto-estima e auto-imagem. A estima é apoiada quando o aluno é estimulado a se sair bem... A auto-imagem talvez seja a coisa mais importante na determinação do fato de sermos ou não bons aprendizes, se seremos ou não bons em qualquer outra coisa.” (Dryden e Vos).


Psicóloga Vera Maria Carvalho  (CRP 08/0779)


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Workshops de Autoestima em julho e agosto

Os Workshops de Autoestima serão realizados em 01 e 02 de julho de 2011 (para Mulheres) e em 12 e 13 de agosto de 2011 (para estudantes de Psicologia). Mais detalhesveja aqui.

Palestra de Vera Carvalho em Ponta Grossa

Palestra de Vera Carvalho na Faculdade Sant'Ana em Ponta Grossa

A psicóloga Vera Maria Carvalho participou, na sexta-feira, dia 20 de maio, na cidade de Ponta Grossa, da IV Jornada de Saúde Mental, promovida pela Faculdade Sant'Ana, dentro do mini-curso 1 com o tema "A construção complexa das relações".

Sobre este tema, Vera Carvalho escreveu o seguinte artigo:

A construção complexa das relações humanas

Psicóloga Vera Maria Carvalho  (CRP 08/0779)

Em uma reflexão sobre as relações humanas precisamos levar em conta aspectos da nossa contemporaneidade, do contexto em que vivemos e que é dinâmico, povoado de alta tecnologia, com infinitas possibilidades ambientais onde essas relações acontecem e nas suas diversas formas de se estabelecerem.

Temos que refletir no que respeita a construção das relações a partir do que se estabelece na comunicação interpessoal, dos espaços individual e relacional e de outros fatores que permitem construir e estabelecer relacionamentos sejam eles afetivo-amorosos entre homem e mulher, ou nos relacionamentos com diferentes papéis como pais e filhos, empregados e empregadores, entre parceiros do mesmo sexo, entre amigos e outras configurações, de pessoa para pessoa.

Essa reflexão deve nos remeter ao texto de partida: o ato de escolher e sua conscientização.

Dentro do mundo contemporâneo, vivemos na era da informação, da alta tecnologia. Não há registros que apontem para a dimensão do que vivemos hoje. Nunca o mundo conviveu com tanto volume e acesso a informações de todas as origens e com tanta facilidade para tal. A tecnologia não só possibilita o encurtamento das distâncias como a torna cada vez mais ágil, mais rápida e, até, mais descartável. Essas facilidades permitem, nas relações humanas, novas formas de abordagem e escapam dos modelos contemplados anteriormente e aprendidos por homens e mulheres, pelas pessoas.

Se antes as escolhas de relacionamentos eram mais restritas ou comuns entre os conhecidos, os próximos, de um mesmo ambiente ou convívio, hoje a tecnologia promove encontros e desencontros de pessoas em diferentes ambientes, culturas, espaços, línguas e, sobretudo, distâncias. Promove também que nos juntemos a quem tenham especificidades tão especiais – boas ou más, positivas ou negativas, construtivas ou não – e isso acontecendo ao clicar de um só botão, de uma só tecla, de um só desejo. Ao mesmo tempo, no entanto, traz a falsa certeza de quem acabamos de conhecer e nos interessar possa ser mesmo aquela pessoa que nos encantou ou atraiu ou possa ser alguém a quem jamais teríamos interesse de conhecer, portanto de nos relacionar.

Aqui vale provocar com uma reflexão que poderá ser respondida individualmente: Esse fenômeno comunicacional ajuda ou prejudica uma saudável formação de relacionamentos?

Nos aspectos da comunicação interpessoal, temos que dar partida ao que, conceitualmente, entendemos de fato o que seja comunicação. Fio condutor de todas as atividades e relacionamentos humanos, que se estabelece com a troca de sentimentos e entendimentos através de mensagens escritas, verbais ou corporais, se ampliam, na contemporaneidade, a processos virtuais, a comunicação e, em destaque, a que se estabelece interpessoalmente e que se configura como um processo interativo e iterativo entre duas partes, dois pólos, duas essências. Um que constrói significados e que faz suas emissões. Outro, como receptor, que acata, recebe, processa, desenvolve e cria certas expectativas ao ser o destinatário. Há a troca, na interação. O que vem, processado, retorna. Estabelece-se um fluxo. Bate e volta. E, há, sobretudo, a insistência, a repetição, o que nasce do desejo de outra vez, do mais um, do quero mais, de novo, desta vez eu encontro, desta vez dará certo.

Além das palavras, há um universo de significados, no infinito mundo das mensagens, que acontecem de forma direta ou com aquele “charme sutil do texto de partida” como diz um poeta e que geram estímulos e uma latente e pulsante energia, percebidos e recebidos pelas partes que se comunicam. E isso se dá, sem necessariamente, ser presencial, frente a frente, cara a cara, olho no olho. Em boa medida isso se verifica – a de forma crescente – com a intermediação do que lemos num monitor de um note-book, no visor de um telefone celular, ou nos fones de toda uma traquitana eletrônica que nos pluga a vários emissores-receptores, simultaneamente ou de forma particular, num tête-à-tête que só existe em função de bits e bytes, e não apenas do bater de um incerto e inconstante elemento de nossa anatomia cardiológica.

No que respeita aos espaços pessoais, no que é individual ou relacional, discute-se para uma compreensão, primeiramente, o que se entende por individual. Esse espaço individual é aquele em que o indivíduo desenvolve a partir do que conhece de si – ou que pretende conhecer mais e ampliar – e nele investe para ancorar coisas, fatos, sensações que lhe proporcionam prazer e que o enriquece diante dos vários papeis que desenvolve.

Esse espaço tem especificidades com a busca pelo fazer, a formação de grupos sociais – as tais redes sociais, tão em voga, a busca de uma profissão, o desenvolvimento de seu conhecimento e ampliação de aspectos intelectuais, o singelo prazer de estar só, em sua casa, voltado para suas próprias escolhas e envolvido apenas com o que gosta, quer e aceita. Nesse que passa a ser um espaço vital, um aspecto importante é que o indivíduo possa ter consciência do enorme investimento afetivo que ele coloca em cada relação estabelecida.

No espaço destinado e ampliado com o outro ou outros, o relacional é desenvolvido a partir do que o indivíduo conhece de si – e informa de si – e o do outro – do que é e do que diz ser – e do quanto quer e pode negociar com si e com aquela pessoa – real ou apenas virtual - na edificação de uma área comum, essa ante sala onde se assentam eu e ele.

No processo da comunicação relacional, nos guiamos por mapas mentais que construímos e aprendemos a nos orientar pelos nossos aprendizados – com erros e com acertos – ao longo de toda a nossa vida.

A escritora Maria Helena Matarazzo diz em seu livro “Nós Dois” que “as pessoas se escolhem achando que é por amor, mas se juntam sem pensar”. Pelos modelos – e mapas – disponíveis e que foram apreendidos durante nossa caminhada, dá-se um jeito de encontrar alguém que nasceu dentro do nosso mapa mental ou desenho original que rascunhamos e que possam possuir tais e tais características previamente apontadas: alguém da mesma classe social, nível educacional, idade próxima, mesma crença, status, posição social, aspectos físicos, financeiros, filosóficos até.

A existência de um mapa, de um padrão, deste modelo nascido sutilmente em nossa mente e aspirações, não nos atesta ou garante que com “aquela gentil” pessoa o relacionamento possa ter evolução, se consolidar e ter êxito. A experiência nos informa e nos aponta isso como uma verdade.

Há autores que assinalam que os parceiros são escolhidos e que as parcerias se revelam pelas marcas emocionais impressas ao longo de suas vidas e que são provenientes das aprendizagens com o pai e a mãe e, portanto, os parceiros possam apresentar características similares com as do casal original, nossos pais.

A autora Iara Camaratta Anton, em “A Escolha do Cônjuge” diz que “quando um indivíduo seleciona outros, tal como parceiros de profissão, amigos, amantes, amores e bem como quando renuncia a algo que o atrai, estão a serviço dos sistemas aos quais representa. Na maior parte dos casos não tem a menos consciência disso. Move-se como por instinto”, ela nos ensina.

Percebe-se que, hoje, nas relações contemporâneas, as parcerias se estabelecem na busca de uma relação que se compatibilize com a individualidade de cada um, com respeito, alegria e prazer de estar junto e, fundamentalmente, o amor do desejo e não o amor de necessidade ou de dependência. Há quem pense: “Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso”, o que é diferente.

Os fatores que colaboram para uma efetiva comunicação interpessoal são principalmente a percepção, a habilidade e o relacionamento propriamente dito. Nos vários aspectos, a percepção demanda um longo e demorado processo de crescimento pessoal, abarcando a auto percepção, a auto conscientização e a auto aceitação como pré requisitos de possibilidades de percepção mais realística de si e dos outros.

A habilidade de lidar com situações interpessoais – boas ou adversas – exigem várias habilidades entre as quais a flexibilidade perceptiva e comportamental que responde a procurar por vários ângulos ou aspectos da mesma situação e atuar de forma diferenciada, especial, nada rotineira. Um terceiro e importante componente da competência interpessoal refere-se ao relacionamento em si e compreende a dimensão emocional-afetiva predominantemente. O equilíbrio entre o conteúdo cognitivo e a relação afetiva dos parceiros fará com que o relacionamento não seja disfuncional, com desvios.

Obviamente sabemos que existem barreiras à comunicação interpessoal eficaz e elas se apresentam ao longo da caminhada dos relacionamentos: aquela resistência às mudanças quando há recusa ao novo e à crítica. A ressonância que causa confusão entre opinião pessoal com crenças e valores. A insegurança pessoal com medos e traumas em não ser bem sucedido. O descontrole emocional com alteração de humor e motivação para investir mais na relação. Motivação e auto estima com baixa energia na comunicação e não saber ouvir, sempre apresenta maiores dificuldades de compreensão emocional nos relacionamentos.

Outros fatores também colaboram para o incremento das dificuldades comunicacionais e que se ligam, circunstancialmente, a administração do tempo nos ambientes das grandes cidades, a sobrecarga de trabalho, as dificuldades e crises financeiras, o temor da solidão e ainda o conceito de amor idealizado – a paixão eterna – e não o amor compartilhado e construindo em dois.

A construção complexa das relações humanas sempre exige de nós algumas indagações, reflexões e respostas. E essa enorme gama de possibilidades exige que desenvolvamos um auto conhecimento, um entendimento e uma toma de consciência das escolhas pessoas feitas na vida, nos relacionamentos, na profissão, no estilo de vida, nos aspectos ambientais, no espaço privado e público, no que é só meu e no que compartilho dentro do planeta. Essa complexa construção que se faz, antes, internamente, com perguntas, reflexões, processamentos e com as respostas que nos surgem já é um bom começo para que estejamos preparados a ir ao encontro  do outro.

Investir no desenvolvimento e na afirmação de sua autoestima – amar-se e cuidar-se – e reconhecer suas capacidades, potencialidades; exercitar relacionamentos tendo como premissas a sinceridade e o interesse genuíno e natural no e pelo relacionamento; agir de forma espontânea e não ser estratégico; exercitar a perda do ser amado e conviver sem controlar ninguém, sem considerar-se possuidor dele, seu dono; procurar o amor confluente, de mesmos interesses, com aplicação e modos que sejam desenvolvidos com a mais pura expressão da liberdade e da transparência.

Em situações pessoais de dificuldades em desenvolver as habilidades afetivas, comunicacionais e relacionais que não sejam resolvidas individualmente, indica-se a busca pela assessoria pessoal com a terapia individual ou terapia familiar com profissionais especializados.

Nos ensina, Osho: “A nova humanidade precisa criar a atmosfera certa, onde homens e mulheres sejam amigos, companheiros de viagem, completando-se uns aos outros. A jornada se torna uma alegria, uma dança”.

Vale a pena refletir e, assim, aprender a tornar menos complexa a construção sólida de nossos relacionamentos.


Referências e sugestões de leitura:

Nós dois – as várias formas de amar
Maria Helena Matarazzo

Ensaios sobre o amor e a solidão
Flavio Gikovate

Viver bem e ser mais feliz
Flavio Gikovate

Contatos com tato
Virginia Satir

Coisas da vida
Martha Medeiros

Casais em perigo
Peggy Papp

Nosso louco amor
Jô Lamble & Sue Morris

A escolha do cônjuge
Iara Camaratta Anton

Perdas & ganhos
Lya Luft

O silêncio dos amantes
Lya Luft



terça-feira, 17 de maio de 2011

Workshops de Autoestima em julho e agosto

Os Workshops de Autoestima serão realizados em 01 e 02 de julho de 2011 (para Mulheres) e em 12 e 13 de agosto de 2011 (para estudantes de Psicologia). Mais detalhes veja aqui.



segunda-feira, 9 de maio de 2011

Autoestima no universo feminino

       Os acontecimentos do dia a dia, a carga de trabalho, cuidados com a família e responsabilidades acumuladas pela mulher na atualidade determinam o grau de autoestima de sua vida. A forma como reagimos aos acontecimentos tem a ver como pensamos o mundo e como somos. Portanto, a autoestima pode ser considerada a chave para termos êxito ou fracasso, para compreendermos como funcionamos com as pessoas e conosco mesmo.
      É importante entender o que é autoestima: segundo Nathaniel Branden, estudioso deste tema: “É a soma da autoconfiança com o autorrespeito. Ela reflete o julgamento implícito da nossa capacidade de lidar com os desafios da vida (entender e dominar os problemas) e o direito de ser feliz (respeitar e defender os próprios interesses e necessidades).”
A autoconfiança está diretamente ligada ao sentimento de competência e adequação à vida, portanto, a autoestima é sempre uma questão de grau, elevada, baixa ou oscilante.
Autoestima, seja qual for o nível, é uma experiência íntima; reside no cerne do nosso ser. É o que eu penso e sinto sobre mim mesmo, não o que o outro pensa e sente sobre mim”. (Branden,2001)
        Quanto maior  a nossa autoestima, mais preparadas estaremos para lidarmos com as adversidades da vida, maiores serão as possibilidades de empreendermos relações saudáveis, melhores condições de saúde física e mental e outras condições de enfrentar o mundo do trabalho.
      Vale aqui refletir o que nós mulheres podemos fazer para manter a autoestima elevada diante de tantas demandas no cotidiano feminino.
Para elevar a autoestima é fundamental:
- viver conscientemente, ou seja, usar a mente inteligente, que nos diferencia na cadeia animal, para estabelecer metas e objetivos todos os dias, de forma adequada e realizável, por mínima que seja a tarefa, desde o despertar até o adormecer. Assim podemos desfrutar de pequenos resultados que nos motivam a continuar em direção ao que desejamos.
- usar a liberdade consciente que nos ajuda nas escolhas de ser, de ter e de fazer de forma responsável e humana, utilizando a capacidade de avaliação sobre os valores, os propósitos e a ética pessoal.
- viver com autenticidade a realidade que se apresenta, seja de sucesso ou fracasso, impedindo viver mentiras sobre sentimentos e situações que resultem em auto engano. A boa autoestima exige de nós congruência do nosso eu interior e o que expressamos para o mundo.
      Ainda valem dicas mais práticas: pensar mesmo na situação de dificuldade; tomar consciência de qual é a sua parte na relação (seja pessoal, social ou profissional) que esteja impedindo a sua satisfação; enfrentar a realidade com respeito e verdade; cultivar a independência; definir metas para todas as áreas da vida; arriscar e ousar adequadamente com direcionamento para os objetivos; honestidade e vontade de corrigir erros; viver o presente e preparar o futuro com consciência; cuidar da mente, do corpo e do espírito.
      “Autoestima é a disposição para experimentar a si mesmo como alguém competente para lidar com os desafios básicos da vida e ser merecedor da felicidade.” (Branden, 2002)

Vera Maria Carvalho
Psicóloga, psicoterapeuta e consultora sistêmica.